15.12.05

Venha o teu reino

O segundo pedido é: Venha o teu reino.

Do mesmo modo que lutamos para que nosso nome não seja enlameado, lutamos também para impor nosso “próprio reinado”.

Você nunca viu alguém querendo mandar nos outros e exigindo obediência de quem está por perto? Você mesmo, nunca se impôs sobre outros que não aqueles sobre os quais Deus lhe conferiu autoridade? E mesmo sobre estes, você nunca exorbitou sua autoridade?

Nossos filhos estão sob nossa autoridade. Nossos subordinados também. Será que nunca exageramos em impor regras sobre eles que não tem o menor cabimento? Será que nunca tivemos que responder “porque eu sou seu pai” ou “por que sou eu quem manda aqui”?

Já se disse que é melhor ser chefe no inferno do que servo no céu. Coitado de quem disse isso. Entretanto ele disse uma coisa com a qual a maioria de nós, lá no fundo, concorda. Não é verdade?

Pois bem, além de pedir que o nome de nosso Pai seja santificado, devemos estar dispostos a abrir mão também de nossa vontade de reinar e desejar que o reino dele se manifeste logo em total poder.

A manifestação do reino de nosso Pai pode atrapalhar nossos planos. Afinal, não gastamos a vida construindo nossos reinos? Afinal, nossos reinos, muitas vezes, não se baseiam no medo, no engano, e em outras coisas que jamais seriam aceitas no reino de nosso Pai?

Deus é Pai. Mas não é só meu. Não um Pai qualquer. Seu nome deve ser santificado e seu reino deve prevalecer. Não percamos, portanto, a oportunidade de, curvados diante dele, dizer conscientemente:

PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS.
SANTIFICADO SEJA O TEU NOME.
VENHA O TEU REINO!

12.12.05

Santificado seja o tue nome

Como já vimos, a oração ensinada pelo Senhor Jesus começa com uma invocação a Deus.

Repare que não é uma invocação para que ele desça e se faça presente. Esse tipo de coisa não é prática cristã. Se alguns cristãos fazem isso é devido ao ranço das religiões africanas deixaram em nossa cosmovisão cristã.

Jesus nos ensina a invocá-lo chamando-o de Pai. Não “meu Pai”, mas “Pai nosso”. Não qualquer pai, mas o Pai “que está nos céus”.

Depois disso o Senhor Jesus nos manda fazer seis pedidos. Os três primeiros referem-se a coisas exclusivas de Deus e os três últimos referem-se a coisas básicas para nossa vida. Veja o primeiro pedido: Santificado seja o teu nome.

A primeira coisa que devemos pedir a nosso Pai, segundo seu próprio Filho, é que seu nome seja santificado.


Geralmente se pergunta: como é que Deus santificará o próprio nome? Isso não é uma obrigação nossa? Afinal não nos ordenou a não tomar seu nome em vão? Não há a menor dúvida de que esse pedido é um pedido sincero. Pedido feito a Deus, esperando que a resposta venha dele mesmo. Porém, duas coisas devem ser consideradas:

Primeira: esse pedido já é um alerta a que não nos dirijamos ao Pai celeste de qualquer modo, nem por qualquer coisa, mas que tenhamos em nossa oração o objetivo de pedir-lhe aquilo que lhe agrada e não comprometa a honra de seu nome.

Ou seja: ele é Pai. Pai de todos os seus filhos. Pai que está nos céus. Pai que demanda a reverência própria de filhos que lhe amam e que, acima de tudo, desejam ver seu nome santificado e glorificado.

Só podemos ter um vislumbre muito pálido da importância que Deus dá a seu nome, quando pensamos no quanto nos esforçamos para não ver o nosso ser difamado ou caluniado. Não corremos para evitar que nosso nome seja “sujado”? Não estamos dispostos a esclarecer qualquer fato que lance suspeita sobre nosso nome? Se zelamos assim pelo nosso nome imagine o quanto Deus zela pelo Seu.

Segunda: não esqueça da ordem: antes de pedir pelo pão ou por qualquer outra coisa, pedimos pela santidade de seu nome. Como se devêssemos nos lembrar de que tão importante quanto termos pão em nossas mesas é ver o nome do Senhor sendo honrado.

Deus é Pai. Mas não é só meu. Não é um Pai qualquer. Seu nome deve ser santificado. Não percamos, portanto, a oportunidade de, curvados diante dele, dizer conscientemente:

PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS.
SANTIFICADO SEJA O TEU NOME!

7.12.05

Pai nosso que estás no céus

Outro erro no qual podemos cair ao chamar Deus de Pai é achar que ele é como nossos pais, especialmente se o exemplo que tivermos de um, seja daquele que é ausente ou sem autoridade. Por isso o Senhor Jesus adiciona o termo “que estás nos céus”.

Não é um pai qualquer é um pai que está nos céus. Do mesmo modo que não é só meu, não é aquele ao qual se possa enganar mentir ou desobedecer. É o altíssimo: está nos céus.

Se alguns podem ter com isso a idéia de um pai que está de longe, nos céus, nosso Senhor Jesus está dizendo, é que ele é tão íntimo que podemos chamá-lo de Pai.

Essa expressão funciona dentro da oração de três modos:

Primeiro, ela identifica a quem estamos nos dirigindo. Você deve se lembrar de que os antigos sempre se dirigiam a Deus como o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, para deixar claro que não estavam se dirigindo a qualquer outro deus que os povos ao seu redor tivessem inventado, mas ao Deus que não foi inventado por ninguém e que além de ter chamado Abraão, Isaque e Jacó, ainda continua sendo-lhes seu Deus, mesmo depois de mortos.

Segundo, ela nos leva a considerar nossa própria posição: ele é nosso Pai, mas não é qualquer tipo de Pai. Como se estivesse nos ensinando intimidade juntamente com respeito.

Terceiro, se meu Pai está nos céus, onde é que eu devo estar? Acaso, como aquele filho pródigo, estou tentando satisfazer-me com a comida dos porcos?

Deus é Pai. Mas não é só meu. Tampouco é um pai qualquer. Não percamos, portanto, a oportunidade de, curvados diante dele, dizer conscientemente:
PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS!

28.11.05

Pai nosso

O privilégio de chamar a Deus de Pai é tão grande, que muitas vezes agimos como filhos únicos.

Você já deve ter visto pessoas parecem ser o dono de Deus. Eu já vi pessoas darem ordens a Deus, e já vi quem exigisse dele outras tantas, e até mesmo quem lhe “jogasse na cara” promessas que ele fez a outras pessoas no passado, se apropriando delas.

O que eu quero dizer é que muitos querem que Deus lhes seja um servo que providencie um bom emprego, um bom salário, um bom casamento ... etc. Uma vez perguntei a um desses, se não seria mais prático ordenar a Deus que lhe concedesse uma vida em que não precisasse trabalhar nem se preocupar com as coisas corriqueiras. Ele ficou pensando por tanto tempo, que fiquei com medo de que não entendesse minha ironia e aceitasse minha idéia.

De um modo geral, nos colocamos como o centro de tudo inclusive de todos os planos de Deus. Geralmente nem sequer pensamos que fazemos parte de uma grande família redimida, e cada um de nós parte de uma nova criação.

É por isso que Jesus ao nos mandar chamar a Deus de Pai, trata logo de adicionar a palavra “nosso”. Nunca devemos esquecer da intimidade que ele nos proporcionou estendendo a nós o direito de ser filhos. Porém nunca devemos esquecer que fazemos parte de uma família maior. Do mesmo modo que ele é meu Pai ele é seu Pai também.

Se o fato de ser meu Pai me conforta. O fato de ser Pai daqueles que muitas vezes eu destrato, me assusta. Conhecendo a cada um de seus filhos ele saberá qual precisa de umas boas palmadas, já que a Bíblia é clara a esse respeito: os filhos estão sempre sendo corrigidos como prova do quanto ele ama e quer o bem deles.

Deus é Pai. Mas não é só meu. Não percamos, portanto, a oportunidade de, curvados diante dele, dizer conscientemente: PAI NOSSO!

11.11.05

Pai

Por que razão o Senhor Jesus nos mandou orar chamando Deus de Pai? Você já pensou nisso? Provavelmente este seja um dos maiores privilégios que ele nos concede. Veja: Nós fomos criados por Deus. Ele foi gerado por Deus.

A diferença é tão grande que a história do escultor nos dá apenas uma pálida idéia: Suponha um escultor tão hábil que ao fazer suas peças, que mostra até os fias de cabelo na escultura. Entretanto esse mesmo escultor tem um filho. Suponha também que ele tenha feito uma estátua do filho. Por mais perfeita que essa estátua venha a ser ela sempre será apenas uma criação do escultor diferentemente de seu filho que foi gerado por ele.

Entre a bela estátua e o filho haverá sempre uma grande distância.

Pois bem nós éramos, por assim dizer, lindas estátuas do Filho gerado de Deus. Éramos! Pois antes de nossos primeiros pais terem gerado algum descendente eles desobedeceram ao Criador, e se tornaram, como que estátuas mal feitas. Pouco restou neles a semelhança com aquele a imagem do qual foram feitos. Já nascemos de pais deformados.

Porém, o Criador não ficou parado. Resolveu restaurar essas estátuas deformadas. Mandou seu Filho assumir a forma delas para que, sofrendo o que elas sofrem, assumisse a natureza delas e as trouxesse à forma original.

É claro que esta alegoria é muito falha. Especialmente porque além de deformadas, “as estátuas” não querem saber do Criador. É necessário que ele implante nelas a mesma vida que seu Filho possui. Só então escutarão sua voz e se submeterão a seu “cinzel”.

Essas estátuas somos nós. Rebelados contra Deus, estávamos “mortos em nossos delitos e pecados” e “éramos, por natureza, filhos da ira”. Mas o Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, assumiu nossa natureza pecaminosa, morreu e ressuscitou para nos fazer “seus irmãos”.

Percebeu? Para chamarmos a Deus de Pai, foi necessário que seu verdadeiro Filho morresse por nós! Não há maior privilégio, não há maior conforto, não há maior incentivo do que nos dirigirmos ao nosso Criador chamando-lhe de Pai. Aliás, usando a mesma palavra que as crianças de seu tempo usavam para chamar seus pais: abba.

Não percamos a oportunidade de, curvados diante dele, dizer conscientemente: PAI!

4.11.05

Habitarei na casa do Senhor

Trabalhava comigo uma senhora que lutava economizando cada centavo para realizar o sonho de sua família: construir uma casa. Cada vez que falava, expressava sua ansiedade em mudar-se par a casa nova:

- Ontem, dizia, foi uma luta tomar banho naquele frio, com um chuveiro tão mixuruco como aquele, mas na casa nova vai ser diferente. E não parava de falar na casa nova.

Curiosamente ela tinha um medo de morrer tão grande como eu nunca tinha visto em um cristão:

- Morro de medo de morrer. Dizia sem notar a contradição embutida em suas próprias palavras.

Já vi diversas pessoas querendo morrer. Às vezes por não suportarem a dor de uma doença, às vezes por não suportarem o abandono da velhice, às vezes por motivos tão egoístas que eu ficava receoso de que Deus as castigasse pelas blasfêmias que diziam.
Porém, vi poucas sonhando com a casa que nosso Senhor disse que ia preparar, e fico pensando: será que a casa preparada pelo Senhor será pior do que a casa daquela senhora com a qual ela sonhava diariamente?

Como somos incoerentes! Ansiamos por uma casa melhor, e não vemos a hora de mudar para ela. Entretanto evitamos pensar na casa que o Senhor preparou para nós, na qual ele nos aguarda.

Para mim é um grande conforto lembrar das palavras do apóstolo Paulo:
“De fato, nós sabemos que,
quando for destruída esta barraca em que vivemos,
que é o nosso corpo aqui na terra,
Deus nos dará, para morarmos nela, uma casa no céu.
Essa casa não foi feita por mãos humanas foi Deus quem a fez,
e ela durará para sempre.
Por isso gememos enquanto vivemos nesta casa de agora,
pois gostaríamos de nos mudarmos já para a nossa nova casa no céu.
Aquela casa será o nosso corpo celestial,
e, quando nos vestirmos com ele, não ficaremos sem corpo.”
2Coríntios 5.1e2 (Tradução na Linguagem de Hoje)

31.10.05

Bondade e misericórdia

Uma vez eu ouvia uma jovem que reclamava de sua irmã: - Pastor, tudo pra ela dá certo. Mas, pra mim ficam as sobras. Desde bebê, minhas roupas eram as que ela já havia usado.

Era um caso típico de ciúme de irmãos adolescentes, e antes de ela terminar cada frase eu já sabia o que ela ia dizer por ter ouvido a mesma coisa de outros. Mas, passei a pensar na expressão do salmista “Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida”.

Parecia que no caso, a queixa daquela jovem, era ser obrigada a seguir a bondade de outros. De fato: quando nos preocupamos muito com o que nos acontece, ficamos olhando apenas a partir de nosso ponto de vista. Porém, quando, despreocupados, por saber que o verdadeiro Pastor toma conta de nós, passamos a ver as necessidades de nosso irmão e a promessa do texto se realiza: Nos tornamos agentes da bondade e da misericórdia do Bom Pastor.

Dificilmente, alguém que considera atentamente nas bênçãos que recebe de Deus, deixa de compartilhá-las com seu próximo. De graça recebeu e de graça dá.

Você já pensou em se tornar um transmissor das bênçãos de Deus em vez de apenas receptor?

Olhe ao seu redor? Será que aquela pessoa que está tão perto de você, não está longe de seu coração? De que ela está precisando agora? Às vezes ela precisa daquilo que você pode fazer.

Não hesite: do mesmo modo que você busca as bênçãos de Deus, passe também a distribuí-las.

Que a bondade e a misericórdia sigam você.

24.10.05

meu cálice transborda

Outra figura muito usada nos tempos bíblicos para referir-se às bênçãos de Deus era a do cálice transbordante. Geralmente era uma figura que ilustrava prosperidade.

Nós não sabemos muito bem hoje a razão que levou Davi a colocar-se, ao mesmo tempo como ovelha, recebendo os cuidados característicos que o rebanho daquela época recebia, e ao mesmo tempo falar de um cálice transbordante. Afinal ovelha não usa cálice.

Será que, por um momento, Davi deixou de pensar como ovelha, e viu-se como rei que era, à frente de um banquete? Será que a frase alude à mesa preparada, da qual já falamos?

O certo é que, a figura fala-nos das bênçãos de Deus, que são derramadas sobre suas ovelhas, ao ponto de transbordar.

Geralmente ao falar disso, escuto alguns argumentando: estou desempregado há tanto tempo, e não recebo a bênção de um emprego. Ou: minha família está sofrendo com doenças. Etc.

Não quero dizer com isso que o cálice transbordante seja a completa libertação de todo e qualquer problema. Esse não é o método de Deus. Se fosse todo mundo queria viver perto dele por interesse.

O cálice transbordante simboliza algo muito maior: o cuidado de Deus, que junto de cada um de nós, suporta conosco o que sofremos e consola-nos quando o sofrimento traz perda.

Não desanime. Veja o quanto Deus já fez por você. Ofereça-lhe graças pelo quanto ele fez transbordar seu cálice e vá em frente.

16.10.05

Unges a minha cabeça com óleo (2)

Às vezes a gente acorda com uma “musiquinha” na cabeça, que mais parece um disco velho quebrado repetindo-se incansavelmente ao longo do dia, e, apesar de fazermos de tudo para nos livrar dela, ela continua lá. Já ouvi de diversas pessoas uma descrição parecida: só que com um pensamento ruim. Um pensamento mórbido ou pecaminoso, que reiteradamente volta a incomodar.

Isso pode ser figurado com algo que acontece, ainda hoje, ao rebanho: os mosquitos que não dão sossego. Às vezes causam até morte. Não estou exagerando. Nos tempos bíblicos, outra função para óleo derramado na cabeça da ovelha, era livra-la dos insetos que lhe atormentavam.

O pastor derramava sobre a cabeça dela o óleo que a protegia. Lembre-se que o corpo da ovelha é todo protegido por lã, mas a cabeça não.

É até engraçado pensar que, como essas pobres ovelhas sofriam com os mosquitos, às vezes sofremos com pensamentos ruins. É curioso perceber que nosso pastor sabe o quanto eles podem prejudicar nossa vida espiritual. Bendita figura do óleo que os impede de nos atormentar.

Essa é uma das razões porque Davi, que foi pastor de ovelhas, garante-nos que o verdadeiro pastor unge nossa cabeça com óleo.

Esta bendita unção faz parte de sua vida, ou você ainda anda, no dizer do apóstolo Paulo, na obscuridade de pensamentos?

Anime-se! O Bom Pastor cuida de suas mínimas necessidades

26.9.05

Unges a minha cabeça com óleo (1)

Não há a menor dúvida de que ao dizer “unges a minha cabeça com óleo” o escritor do Salmo 23 está falando das bênçãos que Deus derrama em nossa vida. Porém ele está usando uma figura conhecida pela grande parte do povo do qual ele, agora, era pastor como havia sido, na adolescência, pastor do rebanho de seu pai Jessé.

Ora, se a figura era bem conhecida, ao preferí-la, para ilustrar as bênçãos que o verdadeiro pastor derrama sobre todos, ele tem em mente uma determinada lição, que só podemos entender hoje se soubermos a razão, porque os pastores daqueles dias ungiam as cabeças de suas ovelhas com óleo.

Uma das razões era a proteção das próprias ovelhas, que lambuzadas de óleo não se machucavam muito ao trocarem marradas. Não deixa de ser irônico saber que uma das razões dessa grande bênção, que alguns chegam a tomar como uma alegoria da unção com Espírito Santo, seja para que possamos, vivendo em comunidade, nos suportar mutuamente.

Você, já observou como muitas vezes é dolorosa a vida com outros irmãos? Não se esqueça: o bendito óleo, que o verdadeiro Pastor derrama sobre nossa cabeça, torna nosso convívio suportável.

Como vai seu relacionamento com seus irmãos? Abençoado pelo santo óleo do Bom Pastor? Ou a trancos e barrancos?

Mas há outra utilização para o óleo. Fica para outra mensagem.

19.9.05

A mesa preparada pelo Senhor

Sempre que alguém precisa de meus conselhos, percebo que mais do que uma orientação sobre que caminho seguir, ou que decisão tomar, há, latente, uma grande dificuldade em romper com aquilo que o conduziu ao problema que vive.

O que conduz as pessoas aos problemas, geralmente, é algo tão simples que passa despercebido de cada um. Não tenho, ao longo de minha experiência, encontrado muitas pessoas que sofram diretamente uma ação do maligno, e, curiosamente, em nossos dias ele tem levado a culpa de quase tudo.

Não duvido que ele possa fazer mal, mas os problemas com que a maioria se debate vem de fontes mais prosaicas: os próprios desejos.

O que estou tentando dizer é que nós mesmos, na maioria das vezes, é que arranjamos nossos próprios problemas. Eles são frutos da fascinação que o mundo exerce sobre cada um de nós, da nossa própria natureza desordenada que muitas vezes gosta mais daqilo que não deve. Ou seja: geralmente são frutos da simples desobediência à Palavra de Deus.

Será que você não está se preocupando demais com o inimigo, e deixando passar essas coisas, que, no fundo, são tão inimigos também, e, muitas vezes, mais eficazes em levá-lo ao buraco? Preste atenção: O Bom Pastor, preparou para você uma mesa. Mesa esta que lhe custou muito. Mesa esta que foi preparada na presença de seus inimigos. Reparou que o Salmo fala de mais de um inimigo?

A mesa do Senhor é lhe oferecida em contraste à fascinação que o mundo exerce sobre você, em contraste com o que sua própria natureza lhe convida a fazer e, também, em contraste com a mesa que o inimigo maior lhe prepara.

Qual você escolherá? Disso depende uma vida calma aos pés de Senhor. Quantas vezes, você se levanta da mesa dele, fascinado pelas outras e deixa o alimento mais saudável para escolher o alimento terrível que ao final lhe intoxica?

Reforce suas energias com o verdadeiro alimento e viva para ele.

5.9.05

Uma mesa

Dentre as coisas que o bom pastor não deixa faltar às suas ovelhas, está também uma mesa. Já até ouvi você perguntando? E ovelha usa mesa?

Lembre-se de que quando Davi escreveu esse Salmo ele já era comandante de exércitos e via-se como pastor de Israel. Como ele, na juventude fora pastor do rebanho de seu pai Jessé, agora ele é o pastor do rebanho de seu Pai celeste.

Mudando o tipo de rebanho, muda-se também o tipo de cuidados. Entretanto todos os cuidados que o rebanho de Deus precisava estavam figurados nos cuidados que ele dispensou as ovelhas de seu pai Jessé.

Do mesmo modo como ele levava as ovelhas a pastos verdes onde podiam alimentar-se bem, agora Davi conduzia outro rebanho - seu povo - a uma alimentação, semelhantemente nutritiva.

Entretanto a figura é mais profunda, pois aqui pode ser vista uma maravilhosa alusão à mesa que o verdadeiro pastor preparou. Você se lembra, como aquela refeição às vésperas de sua morte foi preparada com antecedência?

Lembra-se de que ele enviou dois discípulos a um lugar que eles só saberiam onde era, quando encontrassem um homem carregando água em um cântaro? Afinal Judas não deveria saber com antecedência onde ele estaria, pois levaria seus inimigos para lá e estragaria o momento, que, segundo ele mesmo disse, estava ansiando por ele.

Lembra-se de que naquele momento ele dispôs-se a fazer o trabalho de servo e lavou os pés de todos?

Lembra-se de que aqueles benditos elementos passaram a fazer parte da maior lembrança e dádiva que ele nos deu?

Lembra-se do quanto lhe custou fazer com que tudo aquilo nos viesse totalmente por sua graça?

Entendeu que esta pequena frase, também é uma alusão profética, nos dias de Davi, ao que o verdadeiro pastor haveria de fazer, e em nossos dias é a narrativa do que ele já fez?

Se ele preparou-lhe uma mesa com tanto sacrifício, você ousaria não participar dela? Ousaria a não receber o alimento mais saudável que pode receber? Não desanime: examine-se diante dele e participe daquilo que lhe custou tanto que não há palavras que descreva.

30.8.05

As ferramentas do Bom Pastor

Cada profissão tem suas ferramentas próprias. Rudes e simples como as de um pedreiro, ou delicada e sofisticadas como as de um médico, essas ferramentas são extensões do profissional e o ajudam a ser mais efetivo naquilo que faz.

O pastor de ovelhas, dos tempos bíblicos, tinha duas: a vara, e o cajado. De um modo geral a vara era usada para facilitar as longas caminhadas, poupando energias para estar sempre a disposição do rebanho, mas nas horas decisivas, ela servia para espantar os lobos, e, as vezes, para uma pancadinha numa ovelha teimosa que insistia em ficar longe do rebanho.
O cajado, com a ponta curvada, servia basicamente, para puxar a ovelha para perto, seja quando estivesse metida em problemas, seja para quando precisasse de cuidados.

Essas duas ferramentas, que Davi usou na juventude, quando era pastor dos rebanhos de seu pai, se prestam admiravelmente bem para ilustrar as “ferramentas” usadas pelo Senhor, para cuidar de seu rebanho. Delas vem as duas coisas que mais se necessita e mais se procura nos dias atuais: proteção e cuidado.

O curioso é que Davi, ao lembrar-se do que fazia com elas, traz à mente não o sentimento de segurança, que deveria ser o sentimento experimentado pela ovelha protegida e cuidada, mas de consolo.
Embora o sentido desta palavra esteja muito ligada ao sentido da palavra conforto, o que ele destaca ao usa-la nessa forma é a atuação do pastor após a ovelha ser livrada de grande perigo ou aflição. É o complemento da passagem pelo vale da sombra da morte. Como se após ter passado pelo vale fosse consolado pelas perdas que sofreu lá.

Examine sua vida: Você já saiu do vale da sombra da morte ou ainda está passando por ele? Se está passando, anime-se e não tema pois o Bom Pastor está junto de você. Se já saiu, receba seu doce consolo que minimiza as dores de eventuais perdas que tenha sofrido.

Tenha bom ânimo e confie-se ao Bom Pastor.

12.8.05

... porque tu estás comigo

Se você é pai, e já teve a oportunidade de ver seu filho correr e se esconder atrás de você, sabe muito bem o que significa confiança. Eu me lembro de uma vez que um cachorrinho avançou contra minha filha de 4 anos, de como ela se agarrou às minhas pernas, como se ali fosse o lugar mais seguro do mundo, onde ela estaria a salvo daquele “bicho terrível”.

Mas se você ainda não é pai ou mãe, certamente é filho. Talvez até não se lembre, mas já agiu assim.

É indescritível a sensação de confiança que um pai passa a seu filho, como também é indescritível a sensação de confiança que um filho tem em seu pai.

Perto do pai ele pode tudo. Confiado no pai ele se atreve a pular de um lugar alto. Olhando para o pai ele dá os primeiros passos, como que desafiando todas as implicações da força da gravidade.

O pai é tudo para o filho e o filho adquire forças no pai. Perto do pai ele não tem medo e, mesmo que os desafios sejam enormes, ele enfrenta por ter confiança no pai.
É isso o que está dito na frase “... não temerei mal algum, porque tu estás comigo”.

Essa frase faz parte do Salmo 23, onde Davi está referindo-se ao Bom Pastor. Entretanto o Salmo expressa a relação confiante de Davi no Bom Pastor, a exemplo do que suas ovelhas tinham nele, quando jovem ele as apascentava. O Salmo não fala de pai.

Porem, ao revelar-se a nós, Deus usa a figura do Pai. Certamente ele não é pai no mesmo sentido que nós humanos o somos, mas que outra figura conhecemos que expresse tão bem os cuidados que Deus tem por nós, além da figura paterna?

Davi encontrou a figura do pastor, como uma que se aproxima, pois certamente ele se lembrava da época em que, não tendo filhos, se desdobrava para cuidar de suas ovelhas.

Pense nisso: Pai ou pastor, ele está tão presente que, ainda que andemos pelo vale da sombra da morte, apenas sua presença dissipa todo o medo.

Coragem enfrente a vida, debaixo da orientação de seu Pai.

10.8.05

Vale da sombra da morte

Certamente, você já deve ter passado por alguns lugares que “metem medo”. Eu já passei por alguns. Aliás, já passei por tantos que nem me lembro mais de todos eles.

Ruas escuras, desertas, ou, as vezes tão cheias que não se pode ter certeza de chegar ileso ao destino.

E as paradas obrigatórias nos cruzamentos depois de meia-noite? Vidro fechado. Olhar preocupado por todos os espelhos e a ânsia de que o sinal abra logo.

Embora eu esteja descrevendo o que geralmente acontece a quem vive na cidade grande, dá pra imaginar o que pode acontecer a quem precisa andar por uma estradinha deserta.

Entretanto convém lembrar de que essas descrições podem ser figuras de quem passa por um problema que não tem qualquer coisa a ver com ruas ou estradas. Por exemplo, uma doença ou um longo período de desemprego.

Há na Palavra de Deus um texto que diz o seguinte: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte...”.

Há quem localize esse vale na estrada que ligava Jerusalém a Jericó, em uma passagem estreita entre dois montes. Nos dois lados desse vale havia muitas cavernas em que os ladrões, escondidos, emboscavam os viajantes. Era tão perigoso passar por lá, que diziam que lá, a morte fazia sombra.

Não tenho certeza de que o salmista esteja se referindo a esse lugar. Porém a certeza que fica é que a morte faz sombra.

Quantas vezes nós enfrentamos problemas que são verdadeiras ameaças às nossas vidas? A apreensão que era distante no passado, hoje está presente num simples cruzamento de rua, ou mesmo no sair de casa. Porém é sombra.

Ora, a sombra só acontece devido à luz, ou mais precisamente ao sol. Portanto se há sombras em nossa vida, certamente há um sol. Também, vale a pena lembrar que as sombras são passageiras. O sol só é encoberto por algum tempo. Depois ele volta a brilhar.

Depois de muitos anos voltei à fazenda onde vivi até minha infância. Lembrei da pedra alta que ficava atrás da casa de meu avô e resolvi subir lá: à direita ficava a casa de meu tio, que naquela hora estava na sombra de uma nuvem. Na frente estendia-se, vindo até perto da varanda, a parede do açude, que separava a água, do lado esquerdo da várzea do lado direito. Na extremidade esquerda ficava a casa de outro tio.

Porém, quando voltei os olhos, a sombra da nuvem já estava na várzea.

Além das lembranças que voltaram, veio também a certeza de que as sombras são passageiras.

Espero, de todo meu coração, que se você esteja agora “debaixo de uma sombra”, não se esqueça que por mais tempo que ela dure, ela sempre acaba. Mas, muito mais do que essa lembrança, tenha a certeza que além dela, brilha o sol.

8.8.05

Por amor do seu nome

Como é bom ouvir que Deus nos ama. Concordo que, nos dias de hoje, é necessário tomar cuidado com essa declaração, pois a palavra amor está tão deturpada que ela já significa tantas coisas, qua praticamente não significa mais nada.

Entretanto a Palavra de Deus é clara ao dizer que Ele ama ao mundo. Diz também que Ele é amor. Maravilhosas declarações que devemos depurar cada vez mais para melhor entender seu real significado.

Porém, Deus ama também a seu próprio nome. Se você já orou a oração do Pai Nosso, sabe que a primeira coisa que pedimos por ela é que Deus santifique seu nome. Lembra? "santificado seja o teu nome".

Deus zela pelo seu nome com mais cuidado do que nós zelamos pelo nosso. Afinal nenhum de nós que ver seu nome envolvido com aquilo que não é de boa fama. Deus também não.

Em uma frase do Salmo 23, encontramos a declaração de que Deus nos guia pelas veredas da justiça por amor de seu nome. O conceito original dificilmente poderá ser apreciado por nossa cultura, que dista da cultura em que o Salmo foi escrito, não apenas milhares de quilômetros, mais, pelo menos 3 mil anos. Entretanto o principio permanece: Ele nos faz agir como ele mesmo age, por amor ao seu próprio nome. Ou seja: ele nos mostra a justiça para que seu nome não seja "sujado".

Você já pensou nisso? Deus ajuda você não apenas porque lhe ama, mas também por que se ama?

Você já pensou nisso? Quando você não age segundo a justiça de Deus você envergonha o nome dele?

Você já pensou nisso?

Pense no dia de hoje:

Quantas oportunidades você já teve (espero que não tenha perdido nenhuma), de mostrar a justiça de Deus e, com isso, honrar o nome dele?

Quantas oportunidades você ainda tem de honrar o nome dele sendo mais justo? E então? O que é que você está esperando?

Anime-se e viva o restante do dia, e todos os demais, de cabeça erguida, honrando o nome do Senhor através dos pequenos atos que ele mesmo confia que você dará conta de resolver.

1.8.05

Veredas da justiça

Quando pequeno, eu morava no interior do estado do Maranhão. A rodovia Belém-Brasília ainda era de terra, e era pouco mais larga do que uma estrada de duas pistas. Dela partiam diversas estradinhas mais estreitas ainda, que davam em cidades pequenas.

Dessas estradinhas, saíam "carroçais" (estradas para carroças ou charretes), que acabavam em fazendas. Dentro das fazendas havia caminhos que ligavam uma casa a outra.

Geralmente de um lugar desses para outro havia veredas: mais do que as "picadas" que se fazia para andar no mato e menos do que um caminho.

Essas veredas, conhecidas de quem as usava, muitas vezes sumiam, quando encontravam chão pedregoso ou um rio, para retornar logo após. Deixavam um viajante inexperiente completamente perdido se não conhecesse o lugar ou não tivesse um guia.

A justiça é assim: Como uma vereda, que deve ser seguida. As vezes ela desaparece e deixa seu seguidor confuso, que não consegue mais vê-la, ou se depara com o que parece ser uma vereda e na verdade não é.

Um das coisas que o Bom Pastor nos proporciona é orientação para reconhecer a "vereda da justiça".

Como seria bom se a justiça fosse semelhante a uma rodovia asfaltada. Seguramente, todos andariam por ela, mesmo que tivessem que pagar pedágio. Mas não é assim. As vezes a justiça precisa ser imposta. Muitas vezes é necessário sermos obrigados a segui-la, pois não a vemos, ou não a reconhecemos.

O Bom Pastor, nos guia pelas veredas da justiça.

Como resolver aquele problema que demanda imparcialidade? Como dar a alguém o que lhe pertence sem prejudicar a outro? Como exigir aquilo a que temos direito sem ferir a outros que precisam dele igualmente?

Na verdade, em todas as ocasiões de nossa vida estamos aplicando a justiça. No repartir o alimento, no premiar nossos filhos, no presentear nossos queridos. E em tantas outras situações, jamais fugiremos dessa atribuição que nos foi dada por nosso Criador.

A felicidade é que Ele mesmo nos leva por esses caminhos e faz com que, passando por eles, não apenas reconheçamos o que devemos fazer, mas com que façamos. E, isso, sem perder o caminho.

28.7.05

Refrigera minha alma

Eu já vi muitas coisas estranhas em minha vida - provavelmente, você também tenha visto outras - mas algo que sempre me impressionou foi ver uma pessoa com sentimento de culpa. É pior do que uma fera acuada. Quando se toca no assunto relacionado à sua culpa, mesmo sem querer, ela passa a se justificar e, às vezes, a agredir.

Dia desses, eu falava com uma mãe que se esqueceu de vacinar seu filho e estava com medo que ele pegasse uma dessas doenças que as crianças geralmente pegam no começo da estação fria. Ela estava intranqüila, e sua intranqüilidade a levava a repetir diversas vezes: "tomara que meu filho não esteja doente".

A culpa acompanha a pessoa como se fosse uma sombra. Não há jeito de se escapar dela. A memória não a apaga, nem uma companhia agradável faz com que esqueçamos dela. A culpa queima como fogo.

Porém não é só a culpa que nos causa essa estranha sensação. Costumamos dizer que a saudade também queima. Camões dizia que o amor é uma chama. Certamente ele se referia a paixão, pois o verdadeiro amor é muito diferente.

Quero apenas mostrar a importância da expressão "refrigera-me a alma". Uma das mais impressionantes do Salmo 23: ó pensar nela já traz paz.

Você já notou, que, como a culpa não há jeito de se escapar do calor. Mesmo que você esteja em uma piscina à sombra, se o tempo estiver quente, o calor estará presente também. Como a culpa se agarra à consciência, o calor abrasa o corpo. É possível esquecer deles por alguns instantes, ou até mesmo, por algum tempo, mas eles estarão sempre lá.

Entretanto o Bom Pastor refrigera a alma. Que maravilhosa afirmação!

A alma assaltada pela culpa é como o corpo abrasado pelo calor. Não há como fugir. Talvez, por isso, a tranqüilidade da alma que o Bom Pastor proporciona, seja descrita pelo salmista com refrigério.

Se você encontra-se em uma situação em que, incomodada, sua alma não consegue fugir de algo que lhe é penoso à lembrança, não esqueça: "refrigera-me a alma".

27.7.05

Água tranqüila e grama verde

Você já observou como lugares gramados com riachos povoam nossa imaginação?

Veja os lançamentos imobiliários: mesmo que haja apenas um pequeno pedaço de chão, procuram imitar uma paisagem assim. Observe as propagandas: quando querem falar de um lugar tranqüilo, o que é que mostram?

Pois bem: isso não estava longe da mente de muitos escritores sagrados. Davi mesmo utiliza essa imagem nas palavras "Ele me faz repousar em pastos verdejantes e leva-me para junto das águas tranqüilas".

Repare bem que dentre as coisas que não faltarão à ovelha do Bom Pastor é um local de repouso e alimentação.

Parece uma promessa banal, mas, se você pensar bem, esse local talvez seja uma das coisas mais difíceis de se achar em nossos dias. Comece examinando os lugares que você freqüenta:


A escola em que você estuda se encaixa na descrição de local de alimentação e repouso (lá você deveria alimentar, pelo menos, seu intelecto)?

O local em que você trabalha? O lar em que você vive? Especialmente a Igreja em que se reúne?

Recentemente alguém me falou: "Chego em casa é uma briga só. Isso depois de um dia inteiro em que o patrão pegou no meu pé. Procuro a Igreja, e, se não estão pedindo de dinheiro, estão fazendo mais barulho do que trio elétrico. Dá prá aguentar uma vida assim?"

Espero que o mesmo não esteja acontecendo com você, mas se estiver, lembre-se que apenas o Bom Pastor - aquele que dá a vida pelas ovelhas - é que pode conduzir você a pastos verdes e a águas tranqüilas.

Nosso mundo está ficando cada vez mais intenso e agitado. Um lugar tranqüilo e repousante é o ideal de muitos que aproveitam os feriados. Mas o Bom Pastor nos tranqüiliza e nos faz repousar, mesmo que a correria ao nosso redor seja insana. Mesmo que os lugares, em que se esperava encontrar repouso e tranqüilidade, estejam cheios de agitação e perversidade.

O Bom Pastor, não precisa de coisa alguma para nos dar paz maior do que a capacidade que temos de entendê-la. Fale com ele: Senhor, abençoa meu dia. Peço tua paz em tudo o que eu fizer hoje.

26.7.05

O SENHOR é o meu pastor

Já ouvi alguém dizer: "Deus se esqueceu de mim". O mais interessante é que na maioria das vezes, ouvi isso de pessoas que passavam por problemas banais.

Há problemas graves, em que as vezes somos tentados a questionar o Senhor: Uma vez defronte a um hospital chegou uma criança, surda, muda e cega. Não me lembro bem de tudo o que senti (graças a Deus), mas sei que não era bom.


A visão de alguém como aquela criança revolta qualquer um que ouve, de quem perdeu o ônibus, a menção de que Deus se esqueceu dele por não ter segurado o ônibus até que chegasse ao ponto.

Não sei a gravidade do problema que aflige você. Pode ser algo simples como ter perdido um ônibus, ou pode ser algo mais grave como uma doença na família. Sinceramente, desejo de todo meu coração, que seja algo simples sem maiores conseqüências. Algo que já tenha sido esquecido quando o sono chegar. Porém, tenho certeza de que, o que quer que seja, colocado nas mãos de Deus estará em melhor lugar.

Por que razão você acha que Davi escreveu: "O Senhor e o meu pastor, nada me faltará?" Certamente não escreveu enquanto era pastor de ovelhas. Nesse tempo ele era um adolescente. As vezes tenho a impressão de que ele escreveu essa frase, bem como todo o Salmo 23, quando, adulto, rememorava como o Senhor o tinha protegido com o mesmo cuidado com que ele, na juventude, protegia suas ovelhas.

Pense nisso: quem realmente cuida de você não é um coitado que breve morrerá. É o próprio Deus que nada deixa faltar. Nem o estímulo de que você precisa para enfrentar o dia-a-dia, nem a repreensão quando estiver fazendo o que não lhe agrada.

O Senhor é o meu pastor! Ninguém menos do que ele. Anime-se, tenha boa disposição e enfrente o que lhe vier pela frente pois nada está além dos cuidados dele.