15.12.05

Venha o teu reino

O segundo pedido é: Venha o teu reino.

Do mesmo modo que lutamos para que nosso nome não seja enlameado, lutamos também para impor nosso “próprio reinado”.

Você nunca viu alguém querendo mandar nos outros e exigindo obediência de quem está por perto? Você mesmo, nunca se impôs sobre outros que não aqueles sobre os quais Deus lhe conferiu autoridade? E mesmo sobre estes, você nunca exorbitou sua autoridade?

Nossos filhos estão sob nossa autoridade. Nossos subordinados também. Será que nunca exageramos em impor regras sobre eles que não tem o menor cabimento? Será que nunca tivemos que responder “porque eu sou seu pai” ou “por que sou eu quem manda aqui”?

Já se disse que é melhor ser chefe no inferno do que servo no céu. Coitado de quem disse isso. Entretanto ele disse uma coisa com a qual a maioria de nós, lá no fundo, concorda. Não é verdade?

Pois bem, além de pedir que o nome de nosso Pai seja santificado, devemos estar dispostos a abrir mão também de nossa vontade de reinar e desejar que o reino dele se manifeste logo em total poder.

A manifestação do reino de nosso Pai pode atrapalhar nossos planos. Afinal, não gastamos a vida construindo nossos reinos? Afinal, nossos reinos, muitas vezes, não se baseiam no medo, no engano, e em outras coisas que jamais seriam aceitas no reino de nosso Pai?

Deus é Pai. Mas não é só meu. Não um Pai qualquer. Seu nome deve ser santificado e seu reino deve prevalecer. Não percamos, portanto, a oportunidade de, curvados diante dele, dizer conscientemente:

PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS.
SANTIFICADO SEJA O TEU NOME.
VENHA O TEU REINO!

12.12.05

Santificado seja o tue nome

Como já vimos, a oração ensinada pelo Senhor Jesus começa com uma invocação a Deus.

Repare que não é uma invocação para que ele desça e se faça presente. Esse tipo de coisa não é prática cristã. Se alguns cristãos fazem isso é devido ao ranço das religiões africanas deixaram em nossa cosmovisão cristã.

Jesus nos ensina a invocá-lo chamando-o de Pai. Não “meu Pai”, mas “Pai nosso”. Não qualquer pai, mas o Pai “que está nos céus”.

Depois disso o Senhor Jesus nos manda fazer seis pedidos. Os três primeiros referem-se a coisas exclusivas de Deus e os três últimos referem-se a coisas básicas para nossa vida. Veja o primeiro pedido: Santificado seja o teu nome.

A primeira coisa que devemos pedir a nosso Pai, segundo seu próprio Filho, é que seu nome seja santificado.


Geralmente se pergunta: como é que Deus santificará o próprio nome? Isso não é uma obrigação nossa? Afinal não nos ordenou a não tomar seu nome em vão? Não há a menor dúvida de que esse pedido é um pedido sincero. Pedido feito a Deus, esperando que a resposta venha dele mesmo. Porém, duas coisas devem ser consideradas:

Primeira: esse pedido já é um alerta a que não nos dirijamos ao Pai celeste de qualquer modo, nem por qualquer coisa, mas que tenhamos em nossa oração o objetivo de pedir-lhe aquilo que lhe agrada e não comprometa a honra de seu nome.

Ou seja: ele é Pai. Pai de todos os seus filhos. Pai que está nos céus. Pai que demanda a reverência própria de filhos que lhe amam e que, acima de tudo, desejam ver seu nome santificado e glorificado.

Só podemos ter um vislumbre muito pálido da importância que Deus dá a seu nome, quando pensamos no quanto nos esforçamos para não ver o nosso ser difamado ou caluniado. Não corremos para evitar que nosso nome seja “sujado”? Não estamos dispostos a esclarecer qualquer fato que lance suspeita sobre nosso nome? Se zelamos assim pelo nosso nome imagine o quanto Deus zela pelo Seu.

Segunda: não esqueça da ordem: antes de pedir pelo pão ou por qualquer outra coisa, pedimos pela santidade de seu nome. Como se devêssemos nos lembrar de que tão importante quanto termos pão em nossas mesas é ver o nome do Senhor sendo honrado.

Deus é Pai. Mas não é só meu. Não é um Pai qualquer. Seu nome deve ser santificado. Não percamos, portanto, a oportunidade de, curvados diante dele, dizer conscientemente:

PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS.
SANTIFICADO SEJA O TEU NOME!

7.12.05

Pai nosso que estás no céus

Outro erro no qual podemos cair ao chamar Deus de Pai é achar que ele é como nossos pais, especialmente se o exemplo que tivermos de um, seja daquele que é ausente ou sem autoridade. Por isso o Senhor Jesus adiciona o termo “que estás nos céus”.

Não é um pai qualquer é um pai que está nos céus. Do mesmo modo que não é só meu, não é aquele ao qual se possa enganar mentir ou desobedecer. É o altíssimo: está nos céus.

Se alguns podem ter com isso a idéia de um pai que está de longe, nos céus, nosso Senhor Jesus está dizendo, é que ele é tão íntimo que podemos chamá-lo de Pai.

Essa expressão funciona dentro da oração de três modos:

Primeiro, ela identifica a quem estamos nos dirigindo. Você deve se lembrar de que os antigos sempre se dirigiam a Deus como o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, para deixar claro que não estavam se dirigindo a qualquer outro deus que os povos ao seu redor tivessem inventado, mas ao Deus que não foi inventado por ninguém e que além de ter chamado Abraão, Isaque e Jacó, ainda continua sendo-lhes seu Deus, mesmo depois de mortos.

Segundo, ela nos leva a considerar nossa própria posição: ele é nosso Pai, mas não é qualquer tipo de Pai. Como se estivesse nos ensinando intimidade juntamente com respeito.

Terceiro, se meu Pai está nos céus, onde é que eu devo estar? Acaso, como aquele filho pródigo, estou tentando satisfazer-me com a comida dos porcos?

Deus é Pai. Mas não é só meu. Tampouco é um pai qualquer. Não percamos, portanto, a oportunidade de, curvados diante dele, dizer conscientemente:
PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS!