4.3.06

O pão nosso

Depois de nos dirigirmos a Deus chamando-o de Pai, depois de admitirmos que Ele é “Pai nosso” (não apenas meu), depois de deixarmos claro que Ele não é qualquer pai, mas o Pai que está nos Céus, fizemos-Lhe três pedidos voltados inteiramente à assuntos relacionados apenas a Ele próprio. Agora examinaremos os três próximos pedidos, que estão relacionados apenas à nossas necessidades.

Só esta observação já deve servir de exemplo de como devemos orar: Nos dirigimos a Deus com a intimidade e confiança de filhos, e, em primeiro lugar, pedimos, não por nós, mas pela sua própria glória.

Devemos estar tão empenhados na honra e glória de nosso Deus, como estamos sempre diligentes em garantir que o alimento não falte em nossas mesas.

Somente depois de pedir, pelo que interessa ao nosso Deus, pedimos pelo que interessa a nós: o pão, o perdão e a proteção.

Nunca esqueça de que somente do Pai podemos receber aquilo que é necessário à nossa vida: o pão espiritual e o pão material. Por oramos: PAI NOSSO!


Neste terceiro grupo de pedidos, a coisa pela qual o Senhor nos ensina a orar, em primeiro lugar é pelo pão.

Há algo mais básico para nossas vidas do que o pão? É possível dizer que pão aqui está representando o básico, como alimento, roupa, moradia etc. Porém, mesmo que seja, é apenas o básico, não o supérfluo, ou aquilo que nos faça deixar de depender do Pai. Ou seja:

1. Não pedimos a fartura de pão, mas o pão de cada dia. Isso é tão importante, quanto dizer que vivemos na completa dependência de Deus. Tão dependentes dele que, até para nosso alimento, se não for sua graça, passaremos fome. Tão dependentes que nossa provisão está em sua misericórdia, pois só ousamos pedir o pão de cada dia.

2. Também não é qualquer tipo de pão. É o pão que nos é de direito. O pão nosso. Aquele que é resultado de nosso trabalho. Certamente caberá a pergunta: Se já é nosso, reconhecido pelo próprio Deus, por que temos de pedir? Porque sendo nosso Senhor é ele quem recompensa nosso esforço, já que desde o pecado de nossos primeiros pais ele nos ordenou a comer o pão com o suor de nosso rosto.

3. Segue-se também que não é o pão do suor de nosso próximo. Não é o pão da desonestidade. Mas o pão que, por vir da graça de nosso Deus, é abençoado.

Deus é Pai. Mas não é só meu. Nem é qualquer tipo de pai.

Seu nome deve ser santificado. Seu reino deve ser desejado e sua vontade deve ser nosso prazer.

Não percamos, portanto, a oportunidade de, curvados diante dele, dizer conscientemente:

PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS.
SANTIFICADO SEJA O TEU NOME.
VENHA O TEU REINO.
SEJA FEITA A TUA VONTADE ASSIM NA TERRA COMO NOS CÉU!
O PÃO NOSSO DE CADA DIA DÁ-NOS HOJE.

27.1.06

Seja feita a tua vontade

O segundo pedido é: Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.

Observe a semelhança deste pedido com o anterior (venha o teu reino). Porém, note o quanto difere, na medida em que ao pensarmos em reino estamos pensando, no máximo, em fazer parte dele, e ao desejar sua vontade estamos abrindo mão da nossa.

Nem sempre, ou melhor, quase nunca, nossa vontade é igual à vontade de nosso Pai celeste. Desejamos o que nossa natureza humana nos leva a desejar. Nosso Pai deseja que retomemos o plano original e voltemos a ser o que deveríamos ser. Antes de nosso primeiro pai terreno, com sua desobediência, ter imposto sua própria vontade, e procurou estabelecer seu próprio reino, desonrando o nome de seu Criador. Como se dissesse: ele é o Criador, mas eu posso decidir o que é melhor para minha vida.

Porém, veja que o Senhor Jesus agrava a situação. Ele nos manda pedir que a vontade de Deus seja feita aqui como ela é feita nos céu.

Quem desafia a vontade de Deus? Qual de seus anjos? Ele manda matar a todos os primogênitos do Egito, e uma noite é bastante para que o anjo o faça sem questionar. Que outros exemplos teríamos de anjos cumprindo a risca sua vontade? Certamente muitos.

Deus é Pai. Mas não é só meu. Nem é qualquer tipo de pai. Seu nome deve ser santificado. Seu reino deve ser desejado e sua vontade deve ser nosso prazer. Não percamos, portanto, a oportunidade de, curvados diante dele, dizer conscientemente:

PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS.
SANTIFICADO SEJA O TEU NOME.
VENHA O TEU REINO.
SEJA FEITA A TUA VONTADE.
ASSIM NA TERRA COMO NOS CÉU!