11.11.05

Pai

Por que razão o Senhor Jesus nos mandou orar chamando Deus de Pai? Você já pensou nisso? Provavelmente este seja um dos maiores privilégios que ele nos concede. Veja: Nós fomos criados por Deus. Ele foi gerado por Deus.

A diferença é tão grande que a história do escultor nos dá apenas uma pálida idéia: Suponha um escultor tão hábil que ao fazer suas peças, que mostra até os fias de cabelo na escultura. Entretanto esse mesmo escultor tem um filho. Suponha também que ele tenha feito uma estátua do filho. Por mais perfeita que essa estátua venha a ser ela sempre será apenas uma criação do escultor diferentemente de seu filho que foi gerado por ele.

Entre a bela estátua e o filho haverá sempre uma grande distância.

Pois bem nós éramos, por assim dizer, lindas estátuas do Filho gerado de Deus. Éramos! Pois antes de nossos primeiros pais terem gerado algum descendente eles desobedeceram ao Criador, e se tornaram, como que estátuas mal feitas. Pouco restou neles a semelhança com aquele a imagem do qual foram feitos. Já nascemos de pais deformados.

Porém, o Criador não ficou parado. Resolveu restaurar essas estátuas deformadas. Mandou seu Filho assumir a forma delas para que, sofrendo o que elas sofrem, assumisse a natureza delas e as trouxesse à forma original.

É claro que esta alegoria é muito falha. Especialmente porque além de deformadas, “as estátuas” não querem saber do Criador. É necessário que ele implante nelas a mesma vida que seu Filho possui. Só então escutarão sua voz e se submeterão a seu “cinzel”.

Essas estátuas somos nós. Rebelados contra Deus, estávamos “mortos em nossos delitos e pecados” e “éramos, por natureza, filhos da ira”. Mas o Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, assumiu nossa natureza pecaminosa, morreu e ressuscitou para nos fazer “seus irmãos”.

Percebeu? Para chamarmos a Deus de Pai, foi necessário que seu verdadeiro Filho morresse por nós! Não há maior privilégio, não há maior conforto, não há maior incentivo do que nos dirigirmos ao nosso Criador chamando-lhe de Pai. Aliás, usando a mesma palavra que as crianças de seu tempo usavam para chamar seus pais: abba.

Não percamos a oportunidade de, curvados diante dele, dizer conscientemente: PAI!

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